PAPO NA CONFRARIA-pn: VINÍCIUS ALVES
1 - O que te motivou a escrever?
Lá em casa sempre teve muito livro (o velho é escritor)
então foi quase uma consequência. Mas tinha muito quadro também, e não sou de
plástico. Desde muito cedo as palavras me impressionaram muito, então não teve
jeito.
2 2- Cite os TRÊS livros (e
respectivos autores) mais significativos em tua vida?
Ulisses, James Joyce
Grande sertão: veredas, João Guimarães Rosa
O jogo de amarelinha, Julio Cortázar
Deixa mais um?
Catatau, Paulo Leminski
3- Indique um livro (Literatura Brasileira)
para leitura de:
a) Alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª
séries)
b) Alunos do Ensino Médio
c) Alunos do Ensino Superior
Para a), b) ou c) qualquer livro de Paulo Leminski
4- Como se dá o processo da
escrita em tua prática cotidiana?
Não tenho processo. Posso estar lendo um jornal, um
livro, escutando música, vendo tv, dormindo inclusive e algo pinta na cabeça:
uma letra, uma palavra, uma frase, um treco qualquer que me faz correr pra
caneta. Ainda sou desse tempo. Depois vai pro computador já bem diferente. Daí
esqueço e às vezes volto pra ver como ficou. Então mexo e remexo. Se gostar,
fica. Se não, jogo fora e começa tudo de novo.
4
- Fale sobre o apoio dispensado
pelos setores público e privado à literatura.
Não entendo bulhufas disso, mas não confio muito nem em
público nem em privado em se tratando de qualquer tipo de arte.
5
Fale sobre o papel das Academias de Letras em relação à Língua e à
Literatura?
Não confio em nenhuma sociedade que me aceite como sócio.
Sou grouxomarxista de carteirinha.
( Vinícius Alves é escritor e editor em
Florianópolis/SC.)
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DA SÉRIE “POETAS
MULHERES” - 3
BICHO ESQUISITO
Sou bicho esquisito.
Tantas vezes, já
perdi o sono,
já perdi
o senso,
já perdi
o rumo.
Sou bicho esquisito.
Tantas vezes, já
afiei o bico,
já mordi a língua,
já troquei o couro.
Sou bicho
sou esquisito,
sou cobra, sou
passarinho...
Na verdade,
sou só uma mulher.
(Telma Lúcia Faria/SC,
junho 2014)
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METAMORFOSE
Quero sentir em ti
a espontaneidade emergente
das coisas puras e simples,
dos gestos perdidos na incompreensão dos dias.
Ver-te por alguns instantes,
nu do teu eu aprisionador,
do teu condicionamento,
liberto das amarras!
Para guardar-te como recordação perfeita,
na moldura de um quadro
que não se esquece jamais.
(Silvia Amélia /SC./ Poemas
no tempo, Edições Sanfona, 1985)
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O QUE IMPORTA
O meu medroso
hímen – oh que pena
não teres sido tu
que o golpeaste
o que importa
porém veio depois
o que importa
foram as labaredas
que soubeste
atear em meu pudor
foram aquerlas noites desvairadas
de carne e de alma conjugadas
a vararem três lúbricos decênios
o que importa,
amor, é este himeneu
- sem os ritos
falazes do primeiro –
Que juntos
celebramos tu e eu.
(Maura de Senna
Pereira/ SC, 1904/1992. Sete poemas de
amor, Edições Sanfona, 1985)
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SINGELO
Singelo
são os gestos
e o olhar
As mãos
que tocam
o copo
E vibram
no corpo
Como
as ondas
A dança
do mar
Singelo
são os
gestos
Das gotas
na areia
Do passo
da bruma
Que cobrem
os cabelos
(Indiara Nicoletti Ramos/SC/mimeo/2013)
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Todo mês
sangro.
todo mês
sinto a dor do terceiro
filho.
aquele que ainda não
pari.
há muito ele finge
que vem,
mas é fingimento
que dura o tempo
exato da próxima dor
no próximo mês.
(Mariza Lourenço, Face book, 19/06/2014)
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clima tropical
mãos escrevem com medo
sangue no jornal
tropicalismo
sons canções revoluções
papagaismo
Hemisfério Sul
Secasenchentesecas
carcará azul
sem as estações
como vou equilibrar
minhas emoções?
(Silvia Rocha, em Poesias
“só pra dar bandeira”, 16/05/84, Oficinas da ‘de Cristofaro & cia. ltda.’,
SP)
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SANGUE VERDE ─ ROMANCE SEM SIMILAR NA LITERATURA
O
romance é uma espécie da ficção ou da narrativa que não dita regras rígidas
para a sua composição. Entretanto, a maioria gira em torno de núcleos
dramáticos limitados e de assuntos mais ou menos distintos, a fim de que a
narrativa não se perca em emaranhados e peque por excesso de direções temáticas
que dificultem a percepção do leitor. Mesmo romances extensos, tipo Grande
sertão: veredas ou A montanha mágica, possuem personagens
e assuntos que se desenrolam por toda a narrativa, mesmo que carregada de
densidade metafísica. Não é essa, porém, característica de Sangue verde,
romance de David Gonçalves, em que a narrativa, além de envolver um elevado
número de núcleos dramáticos, não possui poucas personagens sobre que recaia a
atenção do narrador, como vemos em Grande sertão: veredas. Em Sangue
verde, os inúmeros núcleos dramáticos se devem à complexidade dos problemas
abordados, uma vez que, grosso modo, toda a vida brasileira é devassada, pois
toda ela está implicada com o sangue verde.
Ao
ambientar-se no cerrado e na Amazônia, o romance aborda problemas típicos
dessas regiões, ressaltando o garimpo que, embora já explorado por outros
ficcionistas, como Herberto Salles e Eli Brasiliense, apresenta-se inteiramente
novo, à medida que o interliga com o desmatamento e a grilagem de terras
indígenas. As personagens se multiplicam em consonância com os episódios que as
envolvem, exigindo do narrador verdadeira ginástica mental, a fim de que as
inter-relações entre eles se mantenham, sem que padeçam de continuidade. Para
mais mostrar-se grandioso na arte de narrar, fatos e personagens também se interligam,
com a finalidade de não se tornarem estanques. Em decorrência, determinados
índices, como a transferência de Padre Miguel, a despeito de ser narrado em
capítulos próprios, são entrevistos em diálogo entre o fazendeiro, Bambico, e
sua esposa, Clarice, e entre ela e a filha Emanuela.
Dos
problemas peculiares às regiões amazônica e de cerrado desprendem-se, como uma
espécie de epidemia que se alastra por todo território nacional, todas as
mazelas típicas desse tempo, como corrupção, pedofilia, pederastia, tendências
religiosas pautadas pela exploração da boa fé do povo, desmandos provenientes
das diversas faces dos poderes legislativo, judiciário, executivo. Em
decorrência da multiplicidade de aspectos abordados, a técnica narrativa também
se desenvolve em células que se multiplicam e se interligam, em uma espécie de
teia de aranha, em que os fios carregam a seiva, venosa e venenosa, por toda
extensão do narrado. Desse modo, acontecimentos suspeitos, como o assassinato
do senador Justino, são retomados, en passant, na eleição de
Bambico, sem que o episódio se esclareça, como se fosse apenas uma gota do
veneno que viesse à tona, a fim de obrigar o leitor a manter-se ligado ao fio
da teia dos fatos. Trata-se, sem dúvida, de uma técnica inusitada de narrar,
uma vez que os núcleos dramáticos se interconectam de forma sutil, proveniente
de uma relação aparentemente tênue e, às vezes, até ocasional, como ocorre no
episódio em que juiz e delegado vão ao quilombo, à procura do assassino do ribeirinho,
que se parecia resolvida; mas que reaparece, a fim de mostrar a morosidade e,
sobretudo, a ineficiência da justiça, e, notadamente, o fio narrativo, que se
mantém ativo.
A
estética do romance, além de centrar-se sobre essa técnica singular de narrar,
ainda se erige sobre todas as formas do riso, caminhando desde o sutil humor,
que tem sua origem em Stern, e adotado e refinado por Machado de Assis,
passando pela ironia, pela sátira, até chegar ao sarcasmo, verificado, por
exemplo, na concepção que Rossmac tem dos chamados pesquisadores de gabinete,
ou nas esperanças que Bambico deposita em Juquinha como homem e futuro
administrador de sua fazenda. Assim, à semelhança do que ocorre na obra de
Machado de Assis, tem-se a impressão de que o narrador, ao registrar os
acontecimentos nas teias do discurso, está sempre rindo e, às vezes, até
gargalhando, do fato narrado, mormente quando se refere ao desmatamento e ao
sonho de enriquecimento fácil e, notadamente, quando se relaciona com os poderes
legislativo, judiciário e executivo. A sutileza com que desvenda a vida de
Justino, após seu assassinato, mediante a presença da Constituição, da Bíblia e
de um crucifixo em sua bagagem, torna o relato verdadeiramente cruel, uma vez
que a outra bagagem, composta de fotos que comprovam o seu lado depravado,
pautado pela pedofilia, demonstra a sua completa devassidão e sua inteira
hipocrisia. Quer ironia maior que a descoberta feita por Bambico de que o
verdadeiro ouro se encontra em Brasília e, não, nos garimpos, o que o leva a
aceitar candidatar-se, sem qualquer experiência política, a senador da
república?
Mas,
há uma ironia intrigante, ao falar do judiciário e colocar como personagem o
juiz Rodolfo, que, em meio a tantos desmandos e conluios, faz cumprir a lei. O
cumprimento da lei, dadas as circunstâncias do espaço em que ele ocorre e,
sobretudo, dados os acontecimentos nacionais, pode figurar como uma alegoria de
um certo juiz do STF ou como refinada ironia, à medida que todos os fatos relacionados
com a violência estampados no romance, inclusive a violência urbana, ocorrida
com a família de Doca, deixam entrever que as leis existem apenas no papel e
que fazê-las cumprirem-se é, muitas vezes, um suicídio. Esse é, sem dúvida, um
dos golpes de mestre desse singular narrador que, inclusive, se duplica, ao
ponto de se poder ler e ouvir sua voz conectada à voz de determinadas
personagens, como ao narrar os sentimentos de Doca em relação a Matildes, à
página 339.
Ademais,
a narrativa de Sangue verde procede a uma inusitada união
entre o real e o imaginário, a fim de que o imaginado se sobreponha à
realidade, ou com ela se equilibre, objetivando a instauração do ficcional e do
estético, cristalizados mediante o caráter metafísico da linguagem que, por
mais próxima que esteja do real, transubstancia-o e converte-o em objeto de
imaginário. É exatamente por isso que o narrador não se furta, quando
necessário, ao uso de expressões populares, de modo especial as cristalizadas
pela cultura, como provérbios e ditados. Esse procedimento visa a mostrar a
verdadeira identidade das personagens, em sua maioria voltadas para a matéria,
uma vez que pensam apenas o lucro, o enriquecimento ilícito, como se verifica
pela exploração do garimpo por parte do Pastor e, nomeadamente, pelo fato de
ele espoliar os garimpeiros que bamburram, ou pela verdadeira escravidão
instalada por Bambico em sua fazenda.
Portanto,
segundo nossa leitura crítica de Sangue verde, podemos afirmar que
se trata de um romance ímpar, que não encontra similar na literatura
brasileira, uma vez que encerra, em sua construtura, um momento histórico da
vida brasileira que, de outra forma, não seria devidamente cristalizada em
linguagem e em discurso ficcional. Além disso, é um romance ímpar, inusitado em
nossas letras, pela forma singular de narrar, em que os fios narrativos
ramificam-se ao extremo, sem, entretanto, perderem-se no subsolo do discurso
narrativo, uma vez que, ao final, todas as pontas se esclarecem, clara ou sutilmente,
como o requer uma grande obra de arte narrativa.
A
grandiosidade estética de Sangue verde, todavia, só pode ser
sorvida pelo leitor que proceder a uma leitura atenta, que se fará somente pela
história ou que a aliará ao lado estético que ela encerra e que, certamente,
será responsável pelo imensurável prazer do ler.
(José Fernandes, doutor em Letras pela UFRJ e membro da Academia
Goiana de Letras.)
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COMO
NASCE UM BOATO (crônica)
Sempre gostei de saber a origem dos fatos, seja de uma cidade, um
bairro, enfim, como nascem as coisas que nos cercam. Acho fascinante o
resultado de uma junção de elementos simples que acabam formando um final útil,
aproveitável ou, até, romântico. Por outro lado nascem, também, amontoados de maldade e inveja que podem
destruir relacionamentos.
Numa mesa, com algumas cervejas a mais, um
grupo de amigos cruzam conversas com os mais controversos assuntos: Copa,
brincadeiras picantes, algumas piadas idem e cantorias marcam o clima de
camaradagem. Em certo momento, um deles,
em off, inicia comigo um
assunto muito delicado, onde insinua o envolvimento amoroso de uma bela mulher
( que nós dois conhecemos) com um
personagem de relativa projeção.
“ Dizem que o Fulano está apaixonado por ela
e já está separado da mulher(mentira). Mas ela,
a Beltrana, é muito linda e... Aquele tipinho angelical deixa qualquer
homem fora de si” (olha o despeito explícito) - e por aí foi comentando sobre
os dois ‘amantes’, pedindo minha opinião.
Meu confidente demonstrava, pelas
observações que fazia a respeito dos dois supostos adúlteros, que esperava que
eu desse uma opinião maldosa, para fortalecer seu trabalho sujo. Sua atuação,
no entanto, não foi tão sutil como ele pretendia.
Mesmo seguindo o ditado que aconselha a “não
botar a mão no fogo” por ninguém arrisquei queimar as minhas duas... Conheço
razoavelmente o casal em questão e não quis alimentar a maldade, que estava
quase que explícita. Fui sincera com o melífluo caluniador dizendo-lhe não
acreditar e, inclusive, pedindo para que ele dissesse quem levantou o grave
fato de adultério.
Sem respostas, obviamente a fofoca morreu no
nascedouro, pelo menos no que me envolve, mas se eu souber que houve um
comentário sobre esses dois, prometo desmanchar o boato e denunciar o
caluniador...
(Ivonita di Concílio/SC, escritora, membro da
Academia Desterrense de Letras,
08/06/2014)
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DA
SÉRIE “NOSSA LÍNGUA”
SENTAR NA
MESA
“Existem
várias maneiras de uma pessoa sentar-se
(note: sentar-se – o pronome é
obrigatório): uns preferem sentar-se na mesa
(em cima dela), revelando, assim, falta de educação, de civilidade e de
respeito; outros, seres humanos respeitáveis, preferem sentar-se à mesa (junto a ela), para poderem,
então, almoçar, jantar, tomar café e, muitas vezes, - por que não? – discutir
pactos (desculpe – entendimentos)
sociais...
Vamos ler,
então, para acostumar olhos e ouvidos:
Quando eu me sentei à mesa, logo de manhã, para
tomar café, minha mulher já começou a reclamar.
Quando nos
sentamos à mesa para almoçar, minha mulher continuou a reclamar.
À hora do
jantar, quando ela se sentou à mesa,
eu me sentei na mesa, em cima da
branca toalha, e, resoluto gritei: VIVA A NOVA REPÚBLICA!!! E, então, ela parou
de reclamar...
Como se vê, o
verbo é mesmo sentar-se, seja em, seja a algum lugar. Houve um dia, porém, que uma excelsa figura ocupa
uma cadeia de rádio e televisão e dispara um convite:
Convido os
trabalhadores para sentar na mesa, a
fim de chegarmos a um entendimento.
Os
trabalhadores atenderam ao convite, sentaram-se
à mesa e – saíram decepcionados ...
Nunca é
demais repetir: gente civilizada, educada, senta-se
à mesa. Ou então, ainda não somos...”
(Luiz Antonio Sacconi, Gafite, nº. 1, Nossa Editora, São
Paulo,abril, 1987)
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CÓPIA DA CÓPIA
MULTIPLICA O ERRO!
“Um jovem noviço
chegou ao mosteiro e logo lhe deram a tarefa de ajudar os outros monges a
transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele se surpreendeu ao ver
que os monges faziam o seu trabalho, copiando a partir de cópias e não dos
manuscritos originais.
Foi falar com o velho
Abade e comentou que, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro
se propagaria em todas as cópias posteriores. O Abade lhe respondeu que sempre
fizeram assim, há séculos copiavam da cópia anterior, na verdade desde o início
da Igreja, para poupar os originais. Mas admitiu que achava interessante a
observação do noviço.
Na manhã seguinte, o
Abade desceu até às profundezas do porão do mosteiro, onde eram conservados os
manuscritos e pergaminhos originais, intactos e com a poeira de muitos
séculos...
Pois passou-se a
manhã, a tarde e a noite, e ninguém mais vira o Abade. O último que o vira informou
que ele estava indo em direção ao porão.
Preocupados, o jovem
noviço e mais alguns monges decidiram procurá-lo. Nos labirintos do mais
profundo e frio compartimento do porão, encontraram o velho Abade completamente
descontrolado, tresloucado, olhos esbugalhados, espumando e com as vestes
rasgadas, batendo com a cabeça já ensanguentada nos veneráveis muros do
mosteiro.
Apavorado, o monge
mais velho da turma de busca perguntou:
- Mas, Abade, pelo
amor de Deus, o que aconteceu?
- IMBECIL! IMBECIL! IMBECIL o primeiro
copista!!! Desgraçado, que arda no Inferno! CARIDADE!!!!! ...
Eram votos de
CARIDADE que tínhamos que fazer... e
não de CASTIDADE!!!...”
(retirado do face book/autor desconhecido)
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CONFRARIA
DO [meu] POEMA-pn
Findo o
ato
completador
tentamos
dormir
[ex]tenuados
fingimos
sonhar.
E te
deixas
sonambular
e
procuras teu sono
escasso,
rarefeito.
Tocando
teu corpo
sentindo
teu cheiro
tentando
adentrar-te
pensamentos
sentidos
que és,
te
olho, te penso, te grito
e volto
a esconder-me
na
noite
de mim
mesmo.
(Tu [o
não eu], Pinheiro Neto, A rosa do verso, p. 25,1988)
PAPO NA CONFRARIA-pn: VINÍCIUS ALVES: na resposta à primeira pergunta senti algo diferente. Era diferente. Adorei.
ResponderExcluirDA SÉRIE POETAS MULHERES (3): Valéria Tarelho, Telma Lúcia Faria, Silvia Amélia, Maura de Senna Pereira, Indiara Nicoletti Ramos, Marise Lourenço e Silvia Rocha: uma bela seleção (talento e criatividade);
SANGUE VERDE: Texto de José Fernandes sobre o novo romance de David Gonçalves, escritor catarinense residente em Joinville/SC: interessante abordagem.
CRONICA: Como nasce um boato, de Ivonita Di Concíli: Perfeito!
DA SÉRIE NOSSA LÍNGUA: Sentar na mesa – Luiz Antonio Sacconi: sempre é bom lembrar.
DA SÉRIE PARA [SÓ] RIR: “Cópia da cópia multiplica o erro”: compreensível ... rsrsrsrs....
CONFRARIA DO [meu] POEMA-pn: Tu [o não eu]: sensualidade numa bela roupagem.
Obs.: arte em café: adoro (fico triste quando bebo).