1- O que te motiva a escrever?
Escrever,
para mim, é uma consequência de estar viva, observar as pessoas e contar suas
histórias que também são minhas.
2-Cite os TRÊS livros (e respectivos
autores) mais significativos em tua vida?
Alguns
livros marcaram a minha vida. Entre eles posso citar Vidas secas de Graciliano Ramos, O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e Últimos Sonetos de Cruz e Sousa.
3- Indique um livro (Literatura Brasileira)
para leitura, de:
a) Alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries):
O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry
b) Alunos do Ensino Médio
Dom
Casmurro de Machado de Assis
c) Alunos do Ensino Superior:
A Divina Comédia de Dante Alighieri
4- Como se dá o processo da escrita em tua práticaca
cotidiana?
Escrevo
quase todos os dias. Gosto de comentar, opinar, projetar e até mesmo sonhar ou
desabafar no meu caderno de anotações. Alguns textos viram poemas ou crônicas e
alguns eu me arrisco a pulicar.
5- Fale sobre o apoio dispensado pelos
setores público e privado à literatura.
O apoio
dos setores públicos ainda é muito acanhado, No Brasil, infelizmente, cultura
ainda não é prioridade.
6- Fale
sobre o papel das Academias de Letras em relação à Língua e à Literatura?
As Academias são, em minha opinião, as guardiãs da Língua e
deveriam ser as maiores promotoras da Literatura. Incentivar ações com
concursos literários, doação de livros, palestras nas escolas, apoio ao teatro,
cinema e até mesmo na criação de Blogs como o teu que divulga a arte de
escrever.
Telma
Lúcia Faria nasceu em Florianópolis, SC, em 29 de dezembro de 1957. Licenciada
em Letras pela UFSC, especializando-se em Psicopedagogia pela Unisul. É autora
de: Corpo submerso; Poemando , Ex-Corde e
Anjo Solidão. Membro das Academias: São José de Letras de Letras e Desterrense de Letras
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA SÉRIE “POETAS MULHERES” – 9
(JE SUIS POEMAS)
EU NÃO VEREI A AURORA
Quando este mundo imundo desabar
caírem as ditaduras, a ignomínia das torturas
tiver fim, os povos forem
livres e fartos, as castanhas saltarem
festivas em todos os pratos
a longa noite acabar
eu não verei a aurora.
Eu não verei a aurora
e saúdo com aleluias
todos aqueles que a verão
temendo somente quer ela não venha
logo resplandecente e, ao surgir,
traga ainda estigmas do século
pálidos painéis de guerras e holocaustos
sombrias manchas de mártires e déspotas
sinistras forcas esmaecendo
ainda doendo antes de tragadas
pelo esplendor da nova gênese
(+ MAURA DE SENNA PEREIRA – SC ,
Despoemas, Achiamé, Rio de Janeiro, 1980)
#########################################
DE
PEDRA, PERDA E PÓ
se me bate
saudade
apanho sol
chuva vento
suporto abalos
do tempo
:
poemas são
detritos
dentro
(VALÉRIA TARELHO – SP , in Livro da
Tribo. Organizadores: Décio de Mello e Regina Garbellini, Editora da Tribo,
2014.)
#########################################
ORAÇÃO
Passo o dia
delirando
Tua imagem gira
e vira
Até quando diz
Serás apenas
miragem?
Sem ti o mundo
é vago
Um vazio de
alma e frio
Das distâncias
contidas
Entre dentre
nossas vidas.
Então que faço
De laços
acabados
Em que eu havia
bordado
Teu nome... em
meu coração!
(VANI NUNES – RS , Relicário, Somar,
Porto Alegre, 2014, p. 29)
##########################################################
TEMPESTADE
Com sorriso
Cortejo a tristeza.
O tempo, sem ter o que dizer,
Deixa a porta aberta
E me chama.
Fora,
A tempestade grita como fera.
Acendo a alma
E a encaro.
A vida é clara e
A morte também.
(MÁRCIA MENDES – RJ , Permanência, Mar
de Letras, 2014, p. 81)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
PEDRA ROLADA
De onde vens, pedra rolada,
tão sozinha e tão saudosa,
agora tão sossegada
neste recanto da terra
com teu perfume de rosa
de outra feliz primavera?
Ó pobre pedra rolada,
és sombra errante e triste
por este mundo finito,
imagem de um ser aflito,
só eu sei que tu existes.
Querida pedra rolada
com sabor de sol e mar:
- és uma linda visão.
Tu dizes que és o nada,
mas teu grande coração
cheio de luz é morada
e instrumento de canção...
Ó linda pedra rolada,
rolaste da imensidão!
(ZORAIDA H. GUIMARÃES – SC , Semeadura,
Lunardelli, 1979, p. 77)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
O HOMEM QUE EU AMO
Há quase vinte anos
que eu te amo
Quando te conheci
eras menino
Hoje é de “meu amor”
que eu te chamo
Este grande amor era
meu destino
Quando te olho me
inflamo
Quando penso em ti me
ilumino
Homem da minha vida
eu te proclamo
É como se te
dedicasse um hino
Nem eu sou jovem, nem
tu és bonito
Mas ficas lindo
quando eu te fito
Tu vens de longe só
para me ver
E eu juro que jamais
vou te esquecer
(LEATRICE MOELLMANN – SC , Leatrice
poeta, Editora Tribo da Ilha, 2014, p. 88)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
O
SILÊNCIO
o ego
eco
vira dor
contorna peito
de poeta
transforma pedra
em flor
separa o eu
do labirinto
do labirinto
o que não vejo
sinto.
sinto.
LUANA
DIAS – MG (Face book, 06/01/2015)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
OBRIGADA
a
Você
que
ainda não virou
máquina.
Pior
que não responder
é
colocar uma resposta
AUTOMÁTICA!
(TEREZINKA PEREIRA – EUA , 07/01/2015)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
SAUDADE...
" ... Quando penso que já foi...
Volta e rasga, sangra e doi!
Nem sei onde está, sei que ficou...
O que ficou... é mais q a dor...
Dor da falta, da perda...
Ficou um vácuo que me devora...
E tento sentir o que deixou
Para estancar toda esta dor... "
Volta e rasga, sangra e doi!
Nem sei onde está, sei que ficou...
O que ficou... é mais q a dor...
Dor da falta, da perda...
Ficou um vácuo que me devora...
E tento sentir o que deixou
Para estancar toda esta dor... "
(DU CARMONA – SP Face book, 14/01/2015)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
LIMIAR
num broto de manhã
um sol furta-cor
pinta e borda
um sol furta-cor
pinta e borda
embriago-me
de silêncio
___________ sorvendo
o sabor do momento
___________ sorvendo
o sabor do momento
(CLÁUDIA GONÇALVES – RS, Face
book, 12/012015)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
LI E
RECOMENDO (8)
Obsceno
abandono – amor e perda, livro editado pela Record na coleção Amores Extremos é
uma novela da escritora e jornalista Marilene Felinto, de São Paulo que caiu-me
nas mãos numa de minhas visitas a um sebo há muito tempo. Havia lido, gostado,
marcado. Dia desses em uma incursão aos
recônditos de minha biblioteca voltei a olhá-lo, quase sem lembrar de seu teor.
Resolvi relê-lo. De fato, foi como eu imaginava. MERECE SER RECOMENDADO.
Nesta
novela amorosa, dividida cirurgicamente em duas partes – a primeira, Abandono (páginas 9 a 45) e, a segunda, Obsceno (páginas 47 a 80)
- vergonhoso, obsceno, é abandonar o ser
que se ama. A palavra dilaceramento se firma como contrapartida eventual da
coragem de quem corre o risco, da dignidade da entrega desmedida. A dor é
parte, apenas isso, desta mesma grandeza
Deveria haver
uma lei que proibisse a obscenidade do abandono. Um decreto cheio de artigos,
parágrafos, itens e subitens que proibissem a usurpação das ilusões e as
fraudes amorosas. Que estabelecesse o direito humano inalienável e
incontestável de ser amado pela pessoa amada.
Ser
abandonada. Como uma bofetada. Que não para de arder e de ressoar nas mínimas
coisas que ficaram. Do abandono, tem dias que se acorda com a cara de louca. Ou
dias que, se é que se acorda, não se tem como saber, porque o pesadelo não é
interrompido. Nessa novela, Marilene Felinto se permite dissecar a dor do amor
partido – sem pejo, sem salvaguardas, sem vergonha de sofrer e de reconhecer-se
sofrendo, até um extremo que não se imaginaria suportável.
Obsceno abandono - amor e perda, como já frisei anteriormente, integra
a coleção Amores Extremos da Record. A edição que tenho nas mãos não possui
ficha catalográfica, não traz em nenhum espaço a data em que foi publicado,
qual a edição correspondente.
Uma obra tão
significativa e tão contagiante editada por uma editora de renome recebe um
tratamento tão amador e tão irresponsável. As únicas informações técnicas que
se tem da obra, além dos dados da autora, é sobre a ilustração da capa: autoria
de Paul Gauguin, Undine, 1889, óleo
sobre tela, 92 x 72 cm, bem como alguns dados sobre os objetivos da coleção,
sem, no entanto, relacionar os outros títulos já publicados ou a publicar.
SOBRE A AUTORA
Marilene Felinto formou-se em Português e Inglês,
Língua e Literatura pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo em 1981. De lá para cá, escreveu os romances As mulheres de Tijuco-papo – traduzido
para o inglês, holandês e francês – e O
lago encantado de Grongonzo, o volume de contos Postcard, além de um ensaio biográfico sobre Graciliano Ramos.
Também é autora de Jornalisticamente
incorreto, voluma de crônicas publicadas entre 1997 e 1999 em sua coluna na
Folha. Em 1983 recebeu o prêmio
Jabuti na categoria Autor Revelação. Em 1992, foi convidada pela University of
California-Berkerley para ministrar um minicurso de literatura brasileirae,
dois anos depois, pela Haus Der Kulturen der Welt para participar de um circuito cultural de literatura
brasileira pela Alemanha. Em 1998, foi convidada pelo Ministério da Cultura da
França para participar do salão do Livro de Paris em homenagem ao Brasil. Colunista
da Folha de São Paulo.
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
INTIMIDADE COM A NOITE
Robert Frost
Sou dos que tiveram com a noite alguma
intimidade.
Eu já caminhei sob a chuva — e retornei sob a
chuva
E já fui além das mais distantes luzes da
cidade.
Atravessei ruelas as
mais tristes e sombrias.
Com os olhos úmidos,
sem saber por que,
Passei por guaritas
solitárias e seus vigias.
Quieto, cessando o
som de meus passos,
Já fiquei parado a
ouvir um grito dilacerado
Que de outra rua
vinha, atirando seus laços
Por sobre as casas,
sem dizer adeus ou implorar
O meu regresso. E mais
distante ainda, numa
Altura irreal, vi um
relógio luminoso a proclamar
Que não há no tempo
verdade nem inverdade.
Sou dos que tiveram
com a noite alguma intimidade.
(Tradução livre de Silveira
de Souza, especialmente para esta Confraria, dezembro/2014)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA
SÉRIE “NOSSA LÍNGUA”
GAFES PUBLICITÁRIAS
A SÓSIA DE BROOKE SHIELDS
Sósia (pessoa semelhante ou parecida a
outra) é sempre o: o sósia, um sósia, quer
tenhamos homem, quer tenhamos mulher:
Ivã é o sósia de Tarcísio Meira.
Luiza Brunet
é seu sósia, Hermengarda?
Maísa é um sósia perfeito de Lúcia Veríssimo!
Lindíssima!
Se algo aí
lhe causa estranheza, caro leitor, note que ídolo também é apenas o: Lúcia é meu
ídolo. Afirmar que Lúcia é minha
ídolo é ser fã demais...
Eis agora, um
anúncio de uma grande revista nacional:
A edição
deste mês de P...B.y traz a irresistível
sósia brasileira de Broole Shields.
De fato, ela
é um sósia irresistível...
Em tempo – Um dicionário brasileiro, revisto e
ampliado, registra sósia como nome
comum-de-dois. Não é. Sósia é um
nome sobrecomum, a exemplo de ídolo, registrado
ali corretamente. As edições anteriores traziam o registro correto. Por que
mudaram?
[ Luiz Antônio Sacconi, Gafite, nº. 1,
abril 87, Nossa Editora, p. 20]
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SÓ
A LÍNGUA PORTUGUESA PERMITE ESCREVER ASSIM
Paulo
Pedro Pereira Pinto, pequeno pintor Português, pintava portas,
paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar
Panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder
progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para
Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Pedro pediu para pintar panelas,
porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido,
porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir
permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo,
portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois
pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu
penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois
perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico,
porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada,
provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo
percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu
permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos,
pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos,
pestilentos, perniciosos, preferindo Paulo Pinto precaver-se. Profunda
privação passou Paulo Pinto. Pensava poder prosseguir pintando, porém,
pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos
pesares, principalmente por pretender partir prontamente para
Portugal. Povo previdente! Pensava Paulo Pinto... - Preciso partir
para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando
principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Paulo Pinto.
- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo
progredir. Pisando Portugal, Paulo Pinto procurou pelos pais, porém
Papai Procópio partira para Província.
Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão
para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente
pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão,
penetrou pelo portão principal.
Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste
permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo
Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia.
Porque pintas porcarias? - Papai, - proferiu Paulo Pinto - pinto
porque permitistes, porém, preferindo, poderei procurar profissão
própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por
Portugal. Pegando Paulo Pinto pelo pulso, penetrou pelo patamar,
procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr
Paulo Pinto para praticar profissão.
Perfeito: Pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem
prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém,
passando pouco prazo, pegaram pacus, piaus, piabas, piaparas,
pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar
pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras
pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro
profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu
pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Paulo Pinto.
Primeiramente Paulo Pinto pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe
para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Paulo Pinto preferia pintar prédios. Pereceu pintando
prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Paulo Pinto pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois
pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar.
Pensei. Portanto, pronto: Pararei!
paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar
Panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder
progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para
Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Pedro pediu para pintar panelas,
porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido,
porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir
permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo,
portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois
pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu
penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois
perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico,
porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada,
provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo
percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu
permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos,
pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos,
pestilentos, perniciosos, preferindo Paulo Pinto precaver-se. Profunda
privação passou Paulo Pinto. Pensava poder prosseguir pintando, porém,
pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos
pesares, principalmente por pretender partir prontamente para
Portugal. Povo previdente! Pensava Paulo Pinto... - Preciso partir
para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando
principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Paulo Pinto.
- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo
progredir. Pisando Portugal, Paulo Pinto procurou pelos pais, porém
Papai Procópio partira para Província.
Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão
para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente
pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão,
penetrou pelo portão principal.
Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste
permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo
Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia.
Porque pintas porcarias? - Papai, - proferiu Paulo Pinto - pinto
porque permitistes, porém, preferindo, poderei procurar profissão
própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por
Portugal. Pegando Paulo Pinto pelo pulso, penetrou pelo patamar,
procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr
Paulo Pinto para praticar profissão.
Perfeito: Pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem
prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém,
passando pouco prazo, pegaram pacus, piaus, piabas, piaparas,
pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar
pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras
pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro
profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu
pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Paulo Pinto.
Primeiramente Paulo Pinto pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe
para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Paulo Pinto preferia pintar prédios. Pereceu pintando
prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Paulo Pinto pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois
pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar.
Pensei. Portanto, pronto: Pararei!
(Recebido
por e-mail, autoria desconhecida)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
O MELHOR LIVRO DE POEMAS QUE ESCREVI
POUQUÍSSIMOS PODERÃO LER NESTA VIDA.
ELE ESTÁ IMPRESSO NO MEU CORAÇÃO! E TU, COM CERTEZA ESTÁS LÁ, EM TODOS
OS VERSOS QUE NÃO FORAM PUBLICADOS.
ELE ESTÁ IMPRESSO NO MEU CORAÇÃO! E TU, COM CERTEZA ESTÁS LÁ, EM TODOS
OS VERSOS QUE NÃO FORAM PUBLICADOS.
(Pinheiro Neto)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CONFRARIA
DO [meu] POEMA-pn
Vendes
teu ato?
Doído
tempo
que te
faz
conhecer-te
limitado
de
saber profundo
e sem
moeda.
Que
palavra usas
para
teu ato?
Alugas
num quarto
que
palavra?
(Pinheiro Neto, Comércio, A rosa do verso, 1988, p.31)