PAPO NA CONFRARIA:
PAULO
BERRI
1-
O que te motiva a escrever?
Caro
amigo Pinheiro Neto, a primeira justificativa que me vem à mente é a vontade de
extravasar a criatividade latente e presente desde a mais tenra idade.
Muito jovem ainda, apaixonei-me pela poesia e hoje tenho exatos 1.039 poemas e
367 frases, além de contos, crônicas e parábolas. Com um pouco mais de
maturidade, hoje sinto o desejo de compartilhar reflexões voltadas para os
quesitos filosóficos, psicológicos e sociológicos da vida e é neste sentido que
se encontra no prelo, o primeiro livro em prosa. A escrita nos
proporciona uma viagem pela imaginação, como não encontro em nenhuma outra arte
e é nesse bailar ao som das frases e versos, que procuro me deleitar, tanto na
composição poética, quanto na prosaica. A leitura, tanto quanto a
composição, é passaporte barato e que nos dá direito a conhecer, culturas,
personagens (fictícios ou não) e os países mais diversos, sem sequer sair do
lugar.
2-
Cite os TRÊS livros (e
respectivos autores) mais significativos em tua vida?
-
O primeiro, ainda adolescente, foi um dos que me despertaram o desejo de
escrever “Memórias de um agente secreto” de Maria de Lourdes
Ramos Lock
-
Na Juventude “O Alquimista” de Paulo Coelho, mostrou-me uma forma
simples de se chegar ao coração do leitor e assim como conquistou boa parte do
mundo, o fez a mim também.
-
E finalmente “Veias abertas da América Latina” de Eduardo
Galeano, não pelo aspecto literário, que certamente não era brilhante, mas por
apresentar o mundo verdadeiro a um jovem e idealista estudante
universitário. Este livro abriu o Véu de Ísis e me
mostrou a dura realidade do mundo e das pessoas, sem tirar da retina, a
esperança e muito menos o otimismo.
3- Indique um livro (Literatura
Brasileira) para leitura de:
a)
Alunos do
Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries):
Memórias
de um agente secreto – ver acima
b)
Alunos do
Ensino Médio:
Memórias
póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
c)
Alunos do
Ensino Superior:
O
Poder do aqui e agora – Eckhart Tolle
4-
Como se dá o processo da escrita
em tua prática cotidiana?
Essa
resposta é bem tranqüila. Sou impulsionado basicamente pela
inspiração. Meus poemas duram na média entre dez a quinze minutos, fora
aquele burilamento necessário. Agora que estou me dedicando mais à prosa,
a qual imaginava necessitar mais da transpiração do que da inspiração, percebi
que estava equivocado e, por conseguinte, satisfeito por poder exercer nos dois
estilos (poesia e prosa) a mesma receita.
5-
Fale sobre o apoio dispensado
pelos setores público e privado à literatura.
Temos
nas três instâncias, federal, estadual e municipal, ferramentas de apoio à
literatura, como a Lei Roaunet por exemplo. Em contrapartida, temos Leis
que estão apenas no papel, como aquela que obriga o município a adquirir, via
processo específico, obras de autores florianopolitanos de autoria do
ex-vereador Sérgio Grando, apenas pra citar uma delas. Na instância
privada a dificuldade é ainda maior, pelo simples fato de que esta modalidade
dá pouco retorno aos empresários. Geralmente acontece o apoio privado na
escala de amizades pessoais. Muito há que ser feito nessa área!
6-
Fale sobre o papel das Academias
de Letras em relação à Língua e à Literatura?
As
academias, bem como algumas associações literárias mais organizadas, têm o
papel fundamental de disseminar a literatura e de despertar o gosto por
ela. Um dos terrenos férteis pra isso são as visitas às escolas, a doação
de livros a bibliotecas, o uso dos concursos literários e outras ações.
Nisso, temos algumas agremiações mais produtivas que outras. Quanto à
língua em si, creio que fica destinado à instância superior desta escala, ou
seja, restrita à Academia de Letras do Brasil.
SOBRE O ENTREVISTADO
Autor
de quatro livros de Poemas, contos e reflexões, com o primeiro em prosa no
prelo. Teve o prazer de palestrar nos Açores/Portugal sobre a literatura
catarinense. Participante de diversas antologias, tendo sido agraciado
com alguns concursos literários. É membro das Acad. Catarinense Letras/Artes
– ACLA (cad. 20) e ASAJOL (cad.17) e das assoc. ACPCC, Letras no Jardim e
Leitores em Floripa, participando eventualmente do GPL e GPT.

X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA SÉRIE “POETAS MULHERES” – 13
[Renda de bilro confeccionada por Sivonei Gonçalves]
JE SUIS POEMA
BAILADO
Eras
estrela, eras ave, eras
grande
flor aberta
sobre
o peito do homem?
Em
verdade parecias
em
teu bailado, Raissa,
um
pássaro
pousando
sobre aquele tronco
pousando
e, no entanto, pronto
para
voar.
Em
verdade eras um símbolo
em
teu bailado, Raissa,
pois
no mesmo dia
surgia
uma era nova
e
da tua terra voava
uma
nova lua
para
no céu bailar.
[+ MAURA DE SENNA PEREIRA, A dríade e os dardos, Livraria São José,
Rio, 1978, p.57]
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
"LOucomotiVE-se"
tire
o coração
dos trilhos
meu bem
o coração
dos trilhos
meu bem
que o trem
da vida
é bala
da vida
é bala
seu tiro
enlouquecido
pode pegá-lo
enlouquecido
pode pegá-lo
dormindo
[Valéria
Tarelho] (Face/29/06/2015)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
flores do mais
devagar escreva
uma primeira letra
escrava
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro
olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
[ + ANA CRISTINA CESAR,
Poética, Companhia das Letras, São
Paulo, 2013, p.209]
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
FUNDO DOS TEMPOS
Vem,
vem do fundo dos tempos
traz
em tuas mãos claras e leves
transpondo
neves
um
ramo verde de álamo
vem,
vem do fundo dos tempos
conduzindo
na
alma e no coração ágil e puro
o
frescor de um mundo amanhecente
Vem,
vem do fundo dos tempos
e
desnuda-te, inocente.
[VANI
CAMP0S, Relicário,
Porto Alegre, Somar,2014, p.25]
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
SEM PRAZO DE VALIDADE
Desisti das rimas pobres de
amores.
Quero
a festa dos
licores,
sabores,
suores,
sussurros vorazes
sem prazos de validade
ou relógios a tiquetaquear.
Quero
a festa dos
licores,
sabores,
suores,
sussurros vorazes
sem prazos de validade
ou relógios a tiquetaquear.
A realidade em meus poros,
hera a recobrir nossos corpos
em simbiose de amor.
em simbiose de amor.
Devaneios!
©rosangelaSgoldoni
19 08 2014
RL T 5 304 195
19 08 2014
RL T 5 304 195
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
LI E
RECOMENDO (13)
Desvios é, sem dúvida, uma das excelentes
produções na área do conto surgidas no estado (e porque não dizer, no país) este ano. São apenas três histórias: As gêmeas, O aposentado e As três coroas, e
uma melhor do que a outra.
Editado pela
autora, o livro apresenta o projeto gráfico e a editoração eletrônica
impecáveis, a cargo da Alvo Design e a capa muito bem bolada, discreta e de uma
beleza singular. Aliás, as orelhas trazem
uma inovação muito interessante, o
texto, assinado pelo escritor Flávio José Cardozo, está impresso na parte
interior delas. Ao leitor desavisado fatalmente
passará despercebido caso não a desdobre e perceba-o lá.
O texto de Flávio
José Cardozo acaba sendo também a
própria apresentação do livro, já que nada mais há entre a página da ficha
catalográfica e o início do primeiro conto – o maior – As gêmeas. Trata-se de uma análise extremamente precisa
do que são os três contos de Iris Guimarães Borges. É por isso que resolvi
transcrever aqui o texto em sua íntegra. Até porque eu não teria condições de
fazê-lo melhor.
“ Aqui estão
três histórias narradas na primeira pessoa (duas por mulheres e uma por um
homem) nas quais nossa autora exibe sutilezas da memória alheia num palco
enriquecido com suas lembranças próprias. Embora ela não diga os lugares em que
cada ação acontece, a alusão a certos costumes e mesmo o emprego de certas
palavras deixam clara a herança mineira trazida de Araxá, quando aos 24 anos,
recém-casada, ela veio para Criciúma. Mas esse é o lado mais exterior de
Desvios, de resto todo construído com boa técnica e uma fluência que prende.
Sobressaem, mais que tudo, nos três relatos a força da sondagem psicológica, o
domínio do tempo ficcional, a pulsação das rotas e retas que se quebram e nos
oferecem sentimentos.
No primeiro
conto, temos duas gêmeas em confronto. Maria Inês e Inês Maria, mais que
individualidades, são duas metades que não se ajustam e se pertencem. Maria
Inês conduz a linha do conflito, é dela a consciência dolorosa do vínculo.
Odeia as roupas tantas vezes iguais, os agrados açucarados dos que, pelos 65
anos já vividos, as veem juntas, despreza a dependência da outra, aquela cara
de lerda, a presença grudenta, a virgindade ridícula. “Minha irmãzinha”, ela
repete, e lembra quando brincavam de se olhar lado a lado no espelho, as duas,
as quatro, embaralhadas. Se ao menos Inês Maria tivesse uma cicatriz... Nesse
jogo de imagens ambíguas, o leitor é chamado a um labirinto de que também é boa
metáfora a guerra das almofadas, quando já não sabiam quem era a irmã de cá e a
irmã de lá e qual delas asfixiava a outra.
Em “O
aposentado”, o homem metódico é surpreendido pela ruptura dos hábitos e pelo
tédio. Mas é criativo. Com a boa memória que tem e o gosto pelos cálculos, logo
inventa o que fazer. Põe-se a contar o mundo que lhe sobra: as travessas das
janelas, os azulejos do banheiro, os cantos do pintassilgo. Há uma poesia
amarga no desdobrar dos seus passos de sobrevivente, na sugestão que lhe dão de
visitar os amigos.
No terceiro
conto vem a experiência de Ieda. Sua amizade com três vizinhas mais velhas (ela
então 17 anos, as três irmãs sessentonas) flui em dez pequenos capítulos, com
um introito de poucas linhas que fala em crime perfeito. Todos estranham o
relacionamento assimétrico, não entendem o prazer da moça em falar sobre livros
com Adélia, sobre licores e doces com Berenice, em aprender bordado com
Cecília. Conversam. A distância dos anos, o que é isso? As quatro passeiam,
Ieda não diz o nome da pequena cidade inesquecível, mas sabemos que é em Araxá,
aquela por cujas mulheres o poeta dava o seu reino.”
SOBRE A AUTORA, PELA PRÓPRIA
Nasci na
noite gelada de 29 de abril de 1945, na pequena
Araxá, cidade que primeiro vê o sol. Filha de Altino Guimarães e Níobe
Neves Guimarães, das duas famílias herdei a rigidez de caráter, a
intransigência e o gosto por ensinar. Mas, antes de ensinar, é preciso
aprender. Recebi uma primorosa educação formal – hoje, mais do que nunca, sei
disso -, cursando o Primário no Grupo Escolar Delfim Moreira, o Ginasial e o
Normal no colégio São Domingos. Nessas duas instituições, lecionei antes de me
casar com Ruiter Antônio Borges e vir morar em Criciúma, onde encontrei espaço
e acolhida para realizar todo o meu
plano de vida: criar meus dois filhos, Nicole Guimarães Borges Medeiros e Ruiter Guimarães Borges, fazer o
Curso de Letras na então Fucri e ali lecionar Literatura Brasileira, fundar
minha própria escola, o CALLP, e participar da fundação da Academia Criciumense
de Letras, na qual ocupo a cadeira 19.
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA SÉRIE “EU SOU POEMA”
O
POEMA
Tudo
está
no som. Uma canção.
Raramente
uma canção. Que deverá
ser
uma canção – feita de
minúcias,
vespas,
uma
genciana – alguma coisa
imediata,
tesoura aberta,
olhos
de mulher – a despertar
centrífuga,
centrípeta.
[ WILLIAN CARLOS WILLIANS. Tradução
livre de Silveira de Souza,
especialmente para Confraria da Leitura-pn]
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA SÉRIE “CRÔNICAS, CONTOS E OUTROS TANTOS”
[Autor não identificado]
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x
DA
SÉRIE “NOSSA LÍNGUA”
GAFES
TELEVISIVAS
Bons fluídos
Fluido é palavra que rima
com circuito, gratuito, intuito,
fortuito. A tonicidade, portanto, está no u, e a palavra nãotraz acento gráfico.
Vejamos,
porém, o eu disse um locutor de televisão certa feita:
O Palmeiras terminou
o segundo turno emanando bons fluídos
para a coletividade alviverde.
Os
fluidos que o locutor emanou foram tão negativos, que a consequência foi que o
todos viram: o Palmeiras perdeu o título do campeonato paulista para um time do
interior – primeira vez na sua história -, perdeu o campeonato brasileiro e
genhou um Mirandinha – pelo jeito – para sempre...
[ Luiz Antônio Sacconi, Gafite, nº. 1, abril
1987, Nossa Editora, p. 15]
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
A SENSIBILIDADE
SOMBRIA
Conhecia o trabalho da artista plástica alemã Unica Zurn (1916/
1970) por sua ligação com o Surrealismo. Suas obras apresentam formas
pontilhadas ou fragmentadas, uma leitura pictórica de quimeras, animais
fantásticos, conteúdos bizarros, imagens bipartidas, desenhos que empurram os
corpos para fora dos limites. A fragmentação de sua obra remete à sua condição
de esquizofrênica, expressão que significa "partida",
"dividida" e se caracteriza pela perda de contato
com a realidade. O que eu não sabia é que Unica Zurn deixou também uma obra
literária significativa, cerca de 140 contos publicados na imprensa alemã nos
anos 40, além de um livro de anagramas (Hexentexte/ Texto de Bruxas (1954), e o
livro autobiográfico "O Homem-Jasmim" dedicado a Henri Michaux por
quem ela foi apaixonada. Esse livro, publicado postumamente em Paris em 1971,
tem uma tradução em português da Editora & ETC (Lisboa), mas não o
encontrei nos sebos virtuais do Brasil e, se encontrasse, possivelmente
custaria uma pequena fortuna, tendo em vista que alguns livros de Michaux,
publicados pela mesma editora, estão cotados hj a preços que ficam entre R$
350,00 e 500,00 em lojas de usados.
Unica Zurn teve um longo relacionamento com Hans Bellmer,
artista alemão conhecido por suas fotografias e uma impressionante coleção de
bonecas mutiladas. Seus principais temas eram a alucinação e os aspectos
subconscientes da sexualidade. É conhecida a série fotográfica que fez de Única
Zurn em que ela aparece em poses sadomasoquistas, nos quais seu corpo é
amarrado fortemente por cordões que marcam e distorcem as formas. Dizem que
Bellmer direcionava suas pulsões sádicas para a arte e foi o grande protetor de
Unica quando ela, em fases de alucinação, tornou-se incapaz de lidar com os
marchandes. Ficaram juntos até a morte de Única, quando a artista, em 1970,
suicidou-se atirando-se da janela do apartamento de Bellmer em Paris sem que
ele pudesse fazer nada porque estava inválido, numa cadeira de rodas, e só pode
presenciar o ato extremo.
**
A vida de Unica, apesar de sombria, resultou em iluminações que
podem ser apreciadas em sua obra, nas quais uma estética convulsionada é tb
demonstração de sua enorme qualidade artística. De alguma forma, ela conseguiu,
como afirma em seu livro autobiográfico "O Homem-Jasmim", colocar-se
"no centro dos acontecimentos", ainda que muitas vezes de forma
trágica. Entre outros, foi uma artista acolhida pelo Surrealismo, primeiro
movimento a assumir a "obra dos loucos" como obra.
(Célia Musilli)
Há uma biografia
mais completa de Unica Zurn no blog da autora, num artigo da revista Saúde
Mental:
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
DA SÉRIE “POEMAS
VISUAIS”
[ Ondas, poema visual Pinheiro Neto/Chrischelle]
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x
[Poema visual de Fátima Queiroz/SP]
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
O MELHOR LIVRO DE POEMAS QUE ESCREVI
POUQUÍSSIMOS PODERÃO LER NESTA VIDA.
ELE ESTÁ IMPRESSO NO MEU CORAÇÃO! E TU, COM CERTEZA ESTÁS LÁ, EM TODOS
OS VERSOS QUE NÃO FORAM PUBLICADOS.
ELE ESTÁ IMPRESSO NO MEU CORAÇÃO! E TU, COM CERTEZA ESTÁS LÁ, EM TODOS
OS VERSOS QUE NÃO FORAM PUBLICADOS.
(Pinheiro Neto)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CONFRARIA
DO [meu] POEMA-pn
TEÇO O POEMA
COMO BOM GURMÊ
QUE ELABORA O PRATO:
SO (E) MENTE ESPECIARIAS.
SORVO O POEMA
COMO BOM GLUTÃO
QUE DEGUSTA VERSOS:
SO (E) MENTE POESIA.
(Pinheiro Neto, Degustação poética,
inédito, agosto 2013)